domingo, 6 de outubro de 2013

Criação e seleção

SELEÇÃO DE LINHAGENS 1 – como fazê-la?

Charleston Chaves – CCG RJ
Durante muito tempo, pelo que dizem os criadores mais vividos e que puderam ver a explosão da criação de Guppy na década de 80 no Brasil, conseguir, naquela época, um bom casal de Guppy que pudesse render bons descendentes era tarefa difícil, uma vez que muitos desses criadores, que vendiam seus peixes ou os muitos dos guppies que chegavam ao Brasil fruto de importação, vinham com fêmea trocada ou hormonada, o que inviabilizava a manutenção da linhagem adquirida. Embora com muitas dificuldades, bons criadores daquela época obtiveram êxito em suas criações e conseguiram levar à frente o hobby. Um fato é certo: havia, segundo testemunhas da época,enorme dificuldade de obter sucesso para os recém-criadores por alguns motivos: primeiro, por ser pouco conhecido o “perfil genético” da linhagem adquirida; segundo, porque muitos criadores guardavam “segredo” das informações obtidas, dificultando assim a ampliação do hobby.
Passada essa época, ainda mais com a popularização da INTERNET a partir do final da década de 90, ficou mais fácil conseguir informações na rede sobre manutenção e seleção das linhagens por suas características genéticas. Isso mudou consideravelmente o perfil do criador nacional (ou pelo menos da maioria) que, motivado pela variabilidade genética do Guppy e pela inserção cada vez mais de informações, deram um caráter mais sério no que se refere à manutenção de guppies de qualidade com cruzamentos para obtenção de resultados cada vez mais satisfatórios.
Entretanto, hoje, vê-se, por toda parte, pessoas criando guppies, mas nem sempre buscando seleção. (Claro que há exceções!) Talvez motivados pela existência daquela linhagem na mão de algum outro criador e, por isso, se perdê-la, haveria a quem recorrer, nem sempre se motivam a manter, com qualidade, aquele tipo de peixe. Alguns ao ler este artigo poderão dizer: “Mas isso não é um exagero? Vários hoje criam FULL RED e, assim, um guppy que era difícil de achar no Brasil, hoje é fácil de comprar em diversos lugares?” Agora, o que muitos iniciantes do hobby não se perguntam ou não percebem é a qualidade das linhagens que adquirem. Vamos comentar o exemplo do próprio FULL RED. Será que todos os “full red” que adquirimos são realmente “full”? Que melhorias o criador que possui esta linhagem está fazendo para aperfeiçoar seu plantel para mantê-los vermelhos e com distribuição da cor não só no corpo como nas nadadeiras, além de outras categorias como intensidade, por exemplo? Um criador de guppies vermelhos (seja full red, red head, gold red...) precisa ter várias linhas diferentes de cada linhagem e eventualmente buscar de outro criador idôneo, e com os mesmos critérios sérios de seleção, material genético para aperfeiçoar suas linhagens.
Muitas vezes ouvimos de diversas pessoas que “criação de guppy é seleção” e não estão errados em dizer isso, mas será que sabemos selecionar como devemos? É necessário um ideal a ser alcançado, um referencial a ser pautado para se fazer uma seleção. Fala-se muito em seleção, mas selecionar como, se muitos não sabem um padrão? Daí a importância também dos concursos e dos padrões de julgamento. Em todo o mundo há alguns padrões para que os criadores que visam ao aperfeiçoamento do peixe possam se pautar para fazer seus futuros cruzamentos e avaliar o plantel que tem em sua estufa. Mesmo que os padrões europeus, americanos e asiáticos sejam um pouco diferentes, todos não são tão díspares quando se fala em cor (red, full red, hb blue, hb green...),forma (caudal em delta bem aberta, dorsal grande e compatível com o tamanho da caudal, corpo forte para suportar o tamanho da caudal...) e tamanho (peixe forte, grande e proporcional ao tamanho da caudal...) são fatores que devem ser levados em consideração na seleção de futuras matrizes. É importante saber também que características possuem a linhagem que está sendo adquirida para se manter o padrão e se ela já está sendo adquirida dentro de um padrão aceitável ou falta muito para se chegar a um peixe bom e que possa transmitir à maioria de seus descendentes as características desejáveis para aqueles guppies.
Este artigo ainda é o primeiro que discutirá sobre seleção dos guppies, sem obviamente extinguir o assunto e sem ter a pretensão de ser o dono da verdade, mas visando esclarecer certos assuntos para criadores novos (que estiverem interessados em ter guppies com qualidade) e que os criadores mais experientes (meus amigos) tenham possibilidade de opinar e que amadureçamos juntos em relação a esse contexto. Por isso, falemos um pouco mais sobre a categoriaORIGEM DAS LINHAGENS para seleção. Como disse antes, o criador que deseja escolher uma linhagem para criar deve conhecer o padrão dela. Na verdade, para cada linhagem (RED, FULL RED, HB BLUE, GALAXY, HB GREEN. GREEN...) deve–se ter mais de uma linha dentro de cada linhagem. De preferência, cada linha deveria ser de criadores diferentes, ou seja, cada linha de GREEN que um criador X tem em sua estufa deveria ser de origens diferentes (distantes geneticamente entre si). Ex.: linha 1(criador a), linha 2 (criador b), linha 3(importação dos EUA), etc. Isso é importante porque do ponto de vista genético haverá em sua estufa um grupo de genes diferentes e distantes o que possibitará que aquele criador X tenha possibilidade de fazer cruzamentos entre as linhas dentro da própria linhagem (linebreeding) buscando aperfeiçoar geneticamente seu plantel. Por exemplo, digamos que a linha 1 seja excepcional de corpo, mas a cor verde seja fosca, alguns filhotes tendendo ao azul; já a linha 2 possui um verde brilhante ótimo, mas o tamanho já não é tão bom. O cruzamento entre essas duas linhas pode resultar em futuras matrizes boas não só no tamanho, mas também na cor. É claro que para estabilizar o novo padrão, fruto desse cruzamento entre linhas, será necessário nova seleção a fim de escolher os melhores dentre os filhotes, que serão futuras matrizes. Paciência é uma virtude imprescindível para quem quer criar guppy de qualidade.
Ás vezes, alguns criadores possuem uma boa linha de uma determinada linhagem, mas só uma linha e por melhor que ela seja, para se manter ao logo do tempo com qualidade em cor, tamanho, formato será necessário cruzar com outra (de preferência dentro de uma compatibilidade genética). Lembremo-nos de que o guppy que nós conhecemos hoje é um peixe geneticamente diferente em relação ao seu ancestral no que se refere às características adquiridas com o tempo por conta do trabalho de muitos criadores espalhados pelo Brasil e pelo mundo e esse peixe só existe com essas características atuais e variabilidades de genes, porque nós o criamos, e isso é uma responsabilidade muito grande. Um outro exemplo: quem deseja possuir HB BLUE de qualidade deve ter em seu plantel não só outra linha de HB BLUE, pelo menos, mas também linhas de BLUE. Ambas linhagens são compatíveis e, por esse motivo, devem ser criadas juntas para se obter êxito na criação. Cruzar um macho BLUE e uma fêmea HB BLUE resultará em HB BLUE melhor na F1.
Nota-se que o ideal é o criador possuir algumas linhagens e linhas e trabalhá-las em vários aquários para realmente melhorarmos os guppies que possuímos. É bem verdade que, motivados pela paixão, deixamo-nos enveredar pelo desejo de obter mais uma linhagem e mais uma, e mais uma... e muitas vezes com isso sacrificando o espaço de que dispusemos para desenvolver algumas que tínhamos elegido como aquelas que iríamos criar. O principal é que não nos percamos e sim selecionemos adequadamente nossas matrizes para que possamos manter ótimo material genético e guppies cada vez melhores. No próximo artigo, vamos discutir um pouco mais sobre como selecionar algumas linhagens específicas.
Grande abraço
Charleston

ARTIGO 2
HB PASTEL - DICAS NA CRIAÇÃO


A criação de HB PASTEL, uma das minhas prediletas, constitui-se como uma das mais interessantes, não só pela beleza como também pelo desafio que proporciona na intenção de purificá-la cada vez mais tendo como objetivo maior a exposição em show.
Primeiramente, uma das maiores dificuldades é conseguir o tão cobiçado tom pastel, até porque o que se observa na maior parte das linhagens é um tom amarelado enfraquecido, que não corresponde nem ao HB YELLOW (porque aparece uma cor fosca e não um amarelo intenso, que deve ser característica do YELLOW) nem ao HB PASTEL propriamente dito, que deve tender ao branco; ou seja, sendo brancas as nadadeiras, melhor é a qualidade do peixe, já que esse fator é recessivo, e conseqüentemente melhor será o desempenho alcançado por esse em um show.


Outro ponto interessante é em relação à dorsal. Como essa linhagem em uma exposição concorre na categoria delta, pelas regras da IFGA, a dorsal deve ser 3:1, isto é, 3 de comprimento por 1 de espessura. Entretanto, muitos machos não apresentam essa característica, exigindo do criador uma rigorosa seleção de matrizes para que esse fator seja fixado. O que se vê, na maioria das vezes são peixes com uma dorsal fina e alongada demais; esses peixes precisam ser descartados, sem compadecimento, para se alcançar os objetivos desejados.

CHARLESTON
Além disso, a seleção das fêmeas é também de suma importância. Quanto maiores, mais fortes e com pedúnculos mais espessos, certamente são matrizes bem selecionadas. O que não se pode esquecer é que quanto mais brancas forem suas nadadeiras, maior é a segurança de conseguir a fixação do padrão HB PASTEL. Outro dado é a escolha das fêmeas com boa marcação HB, para que esse aspecto seja seguramente transposto aos machos, com um índice menor de diluição.

Então, observemos o esquema:
FÊMEAS: pedúnculo espesso + cauda / dorsal brancas + boa marcação HB no corpo
MACHOS: nadadeiras brancas + cauda em delta + dorsal 3:1


Fonte: http://www.guppyrio.com.br/pagina440.htm

Guppy Rio

CHARLESTON CHAVES   
MEMBRO DA CONFEDERAÇÃO DOS CRIADORES DE GUPPY DESDE 2004, MEMBRO DO CONSELHO DE JUÍZES DO CCG (CONFEDERAÇÃO DE CRIADORES DE GUPPY DO BRASIL) E REPRESENTANTE  DO CCG - RJ.
     


Relato interessante sobre Linhagem Guppy

COMEÇANDO UMA NOVA LINHAGEM

FEVEREIRO DE 2011
Aquisição de Guppys de loja, sem informações de procedência, sem linhagem definida.
3 machos, sendo: Um ¾ Black,
Um Cobra Verde Amarelado
Um ¾ Azul Marinho (Quase preto) com cauda e dorsal Branca Pastel Amarelada e rosada.

Seguem as fotos dos mesmos. (ruins porque é de celular)

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As fêmeas eram 5. 4 cinza e 1 3/4 Preto. Não tenho fotos delas.

Deixei todo mundo cruzando indiscriminadamente nesta etapa.
Os filhotes que nasceram foram de diversas formas e cores possíveis, Inclusive nascendo guppys selvagens.

Mas depois de 1 anos nessa desordem, eis que vários machos apresentaram a mesma cor.
Eu escolhi o melhor deles e nomei-o de F1
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Cruzei ele com a melhor fêmea:
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Desse casal, mais da metade nasceram semelhantes ao pai. Bom sinal.

Escolhi o melhor macho dessa cria e nomei de F2:
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Novamente cruzei com a melhor fêmea:
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Nomei a cria de F3:
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Como se pode notar, nestes 2 exemplares da geração F3 acima, alguns possuem vermelho no mosaico e outros não.
Também para minha surpresa, nessa geração nasceram estes 2 que se seguem:
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A melhor fêmea f3:
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Optei por seguir com os machos mosaico, cruzando o melhor deles com a melhor fêmea. Os alevinos estão em crescimento, com 5 meses agora. Em breve postarei o progresso.

Também estou adquirindo mais aquários para abrir uma nova criação com o snake da foto acima. Infelismente o 3/4 preto de cauda vermelha veio a falecer.

Estou satisfeito com os resultados até agora obtidos, tendo em vista que estou apurando esses lebistes de loja a apenas 2 anos.

Fonte: http://www.aquaflux.com.br/forum/viewtopic.php?f=11&t=16903

Nascimento dos Guppies


O guppy é vivíparo de fecundação interna com relação placentária . A fêmea ovula a cada 3 dias e tem um ciclo de aproximadamente 28 dias até o nascimento das crias .Ela quando esta no seu momento ideal de fertilização , toma uma posição inclinada verticalmente em relação a seu parceiro e neste momento se houver a fecundação terá melhores condições de ter mais filhotes.
Um dos problemas para os criadores é saber exatamente a hora em que a fêmea irá ter seus filhotes. Deste modo, ela deve ser separada dos demais, pois ela ou mesmo seus companheiros de tanque podem comer os filhotes.
Para isso devemos saber que uma fêmea tem filhotes em média de 28 em 28 dias. No meu caso eu separo a fêmea com 22 dias aproximadamente. Outro método é quando a barriga da fêmea está bem cheia, a noite, com iluminaçãoadequada dá para se ver os filhotes dentro do ventre da mesma. Desta forma eu separo a fêmea na maternidade até o nascimento. Para isto a maternidade deve ter um espaço confortável para fêmea , temperatura e pH de acordo.

Guppies de linhagem com Rodrigo Ziviane fundador do CCG



Publicado em 03/07/2013
Nesta entrevista Rodrigo Ziviani, fundador do CCG - Confederação dos Criadores de Guppies do Brasil, compartilha de sua história e de seu conhecimento. Abre as portas de sua estufa e nos mostra suas linhagens.

Aquarismo simples como deve ser. Dicas sobre montagens. Sistemas de filtragem. Iluminação adequada. E tudo aquilo que você quer saber. Reprodução de peixes ornamentais em aquários.

Dúvidas? Deixe suas perguntas.

Visite nosso blog:
http://aquasimples.blogspot.com

Rodrigo Ziviani
http://www.guppy.petbh.com.br/

CCG - Confederação dos Criadores de Guppies do Brasil
http://www.ccg.org.br/

Inner Light Kevin MacLeod (incompetech.com)
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Música de abertura:
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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Classificação quanto ao formato da cauda

Guppy Veiltail (cauda véu):  A nadadeira caudal deve ter a forma de um triângulo isósceles de 45º, de 10/10 do comprimento do corpo.
Guppy Triangletail (cauda delta): A nadadeira caudal deve ter a forma de um triângulo de 70º, de 8/10 do comprimento do corpo.
Guppy Fantail (leque/ventilador): A nadadeira caudal é delicadamente curva nas bordas superiores e mais baixas. Seu comprimento corresponde a 8/10 do comprimento do corpo.
Guppy Scarftail (lenço/bandeira): A caudal tem uma forma retangular e seu comprimento corresponde a 8/10 do comprimento do corpo.
Guppy Double Swordtail (cauda dupla espada): A caudal tem uma forma básica oval e duas  extensões em forma de espada nos raios superiores e inferiores da cauda.
Guppy Top Swordtail (espada superior): A caudal tem uma forma básica oval e uma extensão em forma de espada no raio superior.
Guppy Bottom Swordtail (espada inferior): A caudal tem uma forma básica oval e uma extensão em forma de espada no raio inferior.
Guppy Lyretail (cauda Lira): A caudal tem a forma de uma lira. A forma básica é redonda e não deve exceder 4/10 do comprimento do corpo.
Guppy Cofertail (cauda em forma de pá): A forma da caudal se parece com uma pá. O início da caudal é redonda e se abre paralelamente ao eixo do corpo.
Guppy Speartail (forma de lança): A caudal tem a forma da ponta de uma lança. Seu comprimento corresponde 8/10 do comprimento do corpo.
Guppy Roundtail (cauda redonda): A caudal é redonda com um diâmetro de 5/10 do comprimento do corpo.
Guppy Pintail  (cauda alfinete): A forma básica da caudal é arredondada, com um diâmetro de 4/10 do comprimento do corpo. A dorsal é fina e se levanta, íngreme no início. Já a extremidade é pontuda e  se afina a partir do último terço de seu comprimento.
As diferentes cauda dos guppys

Características dos machos para concursos

O tamanho ideal é de 3,2 cm, o que faz com que o guppy receba 8 pontos. Se tiver 2,5 cm, receberá só 6 pontos. As fêmeas são maiores e o tamanho de corpo ideal é de 5,70 cm ou maior, o que faz com que receba 11 pontos por isso.

Forma do corpo

corpo deve ser arredondado, e não curvado. Não pode ter calombos ou convexidades, pois, dessa forma, perderá pontos. Não deve haver depressões após os olhos. Visto de cima, o corpo deve ser reto, sem deformidades na espinha dorsal. O pedúnculo deve ser forte, na proporção de duas unidades de altura para três de comprimento.

Cor do corpo

A cor do corpo deve ser uniforme da dorsal até a caudal, indo até a cabeça. Se o peito do guppy não for colorido, ele perderá alguns pontos. A intensidade da cor é muito importante, o vermelho fraco terá menos pontos do que o vermelho intenso. Uma padronagem fechada terá mais pontos do que uma com falhas ou pouco definidas.

Comportamento

Um guppy prostrado no fundo do aquário obterá o mínimo de pontos. Já o que se movimenta com vivacidade obterá o máximo de pontos.

Simetria

Uma simetria excepcional terá o máximo de pontos. Já uma desarticulação entre as proporções das partes terá menos pontos quanto maior for o desequilíbrio.

Aprenda sobre peixes ornamentais, acessando o curso Produção de Peixes Ornamentais, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.

Por Andréa Oliveira.


Leia mais: http://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/guppy-reproducao-alimentacao-variedades-e-classificacao-quanto-ao-formato-da-cauda#ixzz2ghfdhlYc

Manejo

Torná-los alegres, felizes, em uma ambiente artificial ...


Introdução

Excelente livro, pena que não exista edição nacional.Não existe apenas uma fórmula para manter guppies saudáveis. Processos realmente ou aparentemente diversos podem atingir o mesmo objetivo. As recomendações que seguem são extraídas da nossa experiência ou, na falta dessa, dos ensinamentos de Stan Shubel, em The Proper Care of Guppies. Manutenção é processo e é rotina, o importante é que cada criador formule as suas e se atenha a elas. Se nunca criou guppies, leia a Cartilha do Iniciante, cujo link consta ao rodapé desta página.

Aquários

O material mais utilizado em aquários de guppies é o vidro. Normalmente, eles variam entre 20 e 50 litros. Quanto maior o aquário, mais estável, mais fácil de "equilibrar". Por outro lado, mais difícil seu deslocamento, para limpeza ou qualquer outro motivo, além de serem proporcionalmente mais caros, pela maior espessura do vidro. Alguns aquários ou recipientes pequenos podem ser úteis, como hospitais, reduzindo a dosagem de medicamentos, ou na guarda temporária de alevinos. Nunca é demais lembrar que remédios utilizados para curar doenças podem exterminar as bactérias dos filtros biológicos.
Aquario limpoCriadores de guppies costumam utilizar aquários "pelados", sem substrato, sem enfeites e, eventualmente, sem plantas, à exceção de algumas variedades flutuantes. Sabendo que a manutenção de cada linhagem vai exigir, pelo menos, seis aquários, é muito fácil atingir a casa das centenas.
Pintar o fundo dos aquários, pelo exterior, de tinta spray preta, ajuda a enfatizar as cores dos guppies e evita o espelhamento do fundo, que torna os peixes inseguros.
Tampar os aquários, sem que fiquem quaisquer frestas, é uma necessidade imperiosa quando adquirimos guppies de fora. Depois de aclimatados, cabe a cada um decidir o que é menos indesejável, se manter os aquários tampados, com toda a complicação que demanda para o manuseio, ou se os deixar abertos, tendo, eventualmente, a perda de um exemplar importante.

Água

Guppies preferem águas alcalinas, no intervalo entre 6,8 a 8,0, sendo 7,2 o melhor pH. Quando a água natural do criador estiver dentro daquele intervalo, o melhor é que os exemplares sejam gradualmente aclimatados a ele, evitando o emprego de químicos corretivos, que sempre causam variações indesejáveis.
cloro é mortal em concentrações superiores a 0,5 ppm. Portanto, a água de torneira utilizada nas indispensáveis trocas parciais [TPA] deve ser previamente descansada por 48 ou 72 horas. Somente em emergências devem ser empregados os desclorificantes químicos.
São melhores as águas duras, embora esse seja um parâmetro menos crítico. Mais uma vez, entendemos que a melhor solução é a aclimatação, salvo se a falta de tamponamento for responsável por flutuações exageradas do pH.
É comum os criadores experientes afirmarem que todos os problemas de criação estão relacionados com a água. A maioria dos organismos prejudiciais já se encontra nos aquários, mas não conseguem afetar peixes que se encontrem em um ambiente que lhes proporcione boas condições de saúde. Ao menor sinal de comportamento estranho de seus peixes, a água é o primeiro item a ser verificado.

Filtros

Filtro de esponjaApesar da indiscutível excelência dos filtros externos motorizados, seu custo elevado os torna impraticáveis para a maioria dos criadores. Os mais comuns são os filtros internos, de esponja ou de caixa. O ideal é que haja mais de um filtro por aquário, seja para evitar o enfraquecimento do processo nas limpezas, que podem então ser alternadas, seja para manter "reservas" para estabelecimento de novos aquários. Nossa montagem típica utiliza dois filtros movidos a ar, um de esponja e um externo. Mas há diversos tipos disponíveis.
Os filtros se destinam a realizar três tipos de filtragem, a mecânica, a química e a biológica e todo o criador deve, pelo menos, conhecer o Ciclo do Nitrogênio, para entender o seu funcionamento.
Os filtros precisam ser limpos, normalmente a cada 15 dias, ou com maior frequência, se a taxa de alimentação for elevada. Limpe os filtros de esponja espremendo-os por diversas vezes em um recipiente com água retirada do aquário em que se encontram, retornando-os logo em seguida. Limpe os filtros de caixa trocando a lã perlon que neles se encontra ou apenas retirando a sujeira que estiver nela, com um jato de água. Mantenha o mesmo substrato, sempre que possível, pois nele estarão as colônias de bactérias úteis. Evite realizar simultaneamente a limpeza dos filtros e as trocas de água.

Trocas de Água

Embora os filtros biológicos convertam amônia e nitrito em um composto menos tóxico, o nitrato, este último precisa ser retirado do aquário de alguma forma. A não retirada vai implicar em stress dos peixes, tornando-os suscetíveis a doenças e comprometendo suas funções, de uma maneira geral.
Considerando que as bactérias capazes de converter nitrato são anaeróbicas, o que torna impraticável para aquaristas manter sistemas de remoção biológica, o nitrato é removido mediante trocas parciais de água.
Três parâmetros são considerados nelas: o percentual, a frequência e a taxa de lotação do aquário. O percentual, tipicamente, se situa entre 20 e 50% do volume de água do aquário. Maior o percentual, maior o impacto na biologia do aquário e guppies adultos costumam se ressentir de trocas maiores do que 30%. Portanto, o melhor é aumentar a frequência de trocas, mantendo o percentual em níveis mais baixos. A frequência pode ser de mais de uma vez por dia, em aquários de filhotes, até de uma vez por semana, em adultos. A taxa de lotação do aquário incide diretamente na poluição do mesmo e, logo, na taxa de acumulação de nitrato. Mais peixes, mais amônia, mais nitrito, mais nitrato.
É muito importante tornar as trocas rotineiras, pois assim teremos o nitrato sob controle. Quando "esquecemos" das trocas, o nitrato assume níveis indesejáveis. Há testes para nitrato no comércio, que podem nos auxiliar no reconhecimento das necessidades de cada aquário, de acordo com a sua taxa de lotação. Em princípio, podemos dizer que:
Nível de NitratoAção corretiva
0 > 5 ppmMantenha a rotina de trocas
5 > 10 ppmAumente a frequência das trocas. Veja a lotação do aquário.
10 > 20 ppmAumenta a frequência de trocas e a percentagem de troca. Reduza a lotação do aquário, para diminuir a percentagem.
20 > 40 ppmAumenta a frequência de trocas e a percentagem de troca. Reduza a lotação do aquário.
Toda a água de reposição precisa ser condicionada às condições da que está nos aquários, seja na temperatura, seja no pH.
Realize as trocas gentilmente, nunca derrame água em quantidade no aquário. O melhor é dispor de um recipiente com uma torneira, que possa ser regulada para ficar gotejando no aquário. Aliás, as melhores fishrooms que conheço utilizam sistemas de gotejamento (dripping systems), dos quais mentenho uma espécie de plano piloto, para teste, em minha estufa. Para uma melhor descrição, click aqui.

Aquecimento

O peixe, como todo animal pecilotérmico, é incapaz de regular a temperatura do corpo, adotando a do ambiente em que se encontre. O guppy, sendo um peixe tropical, fica confortável no intervalo entre 20 e 28°C. Variações superiores a dois graus por dia podem estressar, variações súbitas de cinco graus ou mais podem matar.
Na maior parte do território de nosso país, é necessária alguma forma de aquecimento no inverno. O mais prático, salvo em estufas com dezenas de aquários, é instalar termostatos comConjunto de aquários aquecidosaquecedores elétricos. Para estes, a regra básica é de um grau por litro de água, pois que serão suficientes para manter a temperatura desejada, sem variações bruscas.
Um mesmo termostato pode ser empregado para estabilizar diversos aquários, desde que não se exceda o limite de sua capacidade, que, nos mais comuns, é de 300 watts Como exemplo, podemos ter um termostato para cada conjunto de seis ou sete aquários de 40 litros, desde que estejam com o mesmo nível de água. Claro está que isso vai exigir um maior controle, pois que uma falha de funcionamento de um aquecedor, principalmente do que estiver no mesmo aquário do termostato, pode desestabilizar todo o sistema.

Quando os aquários são muitos, é preciso considerar a conveniência de aquecer o ambiente, não os aquários. Em nossa estufa, adotamos o aquecimento por aquecedores elétricos, de óleo, acionados por controladores de temperatura da full gauge. É um sistema de baixo custo de aquisição, seguro, e de custo operacional bem menor do que os de aquecedores individuais. Para reduzir os custos, nossa estufa é completamente forrada de isopor com 5 cm, revestido de forro de pvc, isso nas paredes e no teto.

Iluminação

AOC LeopardoOs peixes são pouco exigentes quanto à iluminação. A regra geral é manter as luzes acesas por umas doze horas diárias, preferencialmente de luz fria, o que é muito fácil com as modernas fluorescentes compactas. Caso se observe uma "explosão" de algas verdes, esse período pode ser diminuído temporariamente, juntamente com outras providências como reduzir a taxa de alimentação e aumentar a frequência das trocas parciais. Para os que mantém plantas, o assunto pode se tornar verdadeiramente complexo, na escolha dos melhores sistemas de iluminação, no que tanto podem ajudar as listas de discussão sobre aquarismo, como também os próprios fabricantes, que fornecem literatura e projetos gratuitamente.
Shubel recomenda, em sendo possível, manter uma luz de baixíssima potência acesa na sala de peixes, para que os peixes não deitem no fundo dos aquários, o que fazem quando totalmente escuro, e também para que no acendimento das lâmpadas normais, os peixes não tenham um choque - podendo saltar do aquário ou bater nas bordas.
O melhor é manter o sistema de iluminação acionado por um timer, que é barato, e regula o fotoperíodo de modo organizado.

Plantas

Plantas auxiliam no processo de filtragem, consumindo fosfato e amônia. Por outro lado, a retirada do dióxido de carbono, pela fotossíntese, é compensada pela respiração, na falta de luz, à noite. Além disso, partes de plantas em decomposição deterioram a qualidade da água.
Samambaia D'ÁguaA planta adequada para aquários de guppies é a Samambaia D'Água (Ceratopteris thalicroides). Como ela viceja em condições ótimas para os guppies, serve como um indicativo da qualidade da água, além de retirar dela compostos indesejáveis. Se as Samambaias D'Água estiverem bem, os guppies também o estarão. Mais do que isso, ela serve de esconderijo para os filhotes, tanto na sua forma enterrada, quanto na forma flutuante.
Para tornar mais prático o seu cultivo, os criadores costumam plantá-la em copos de vidro com substrato, de modo que seja mais fácil de limpar.
Nunca introduza plantas em seu aquário sem uma prévia quarentena. Além de organismos causadores de doenças, podem conter em suas raízes ovos de filhotes de besouro ou libélula, que se transformam em verdadeiros "dragões" aquáticos, capazes de dizimar os peixes.

Substrato

Caso resolva utilizar substrato ou mesmo colocar pedras decorativas no aquário, procure verificar se não é acidificante, o que pode ser feito pingando ácido clorídrico ou algum acidificante sobre eles. Se formar uma efervescência, evite.

Perturbações

Luz demasiado intensa ou piscando, barulho, movimento excessivo de pessoas em torno dos aquários, introdução de objetos neles, etc... podem estressar os peixes. Evite movimentar peixes entre aquários, mas quando for necessário assegure-se de dispor de todo o material necessário antecipadamente. Manipule-os gentilmente e no menor tempo possível.

domingo, 29 de setembro de 2013

Mikarif

O guppy Mikarif foi inicialmente desenvolvido no Sri Lanka e também é conhecido como German Sunset ou simplesmente Sunset. Existem diversos tipos de Mikarif e esse tipo é assim conhecido pelas nadadeiras vermelhas e amarelas. O guppy Mikarif possui a cor branco metálica nas laterais do guppy. Como cor de corpo ele pode ser cinza ou ouro.
A linhagem mais comum de Mikarifs é a German Sunset. (com bordas vermelhas na caudal amarela)

O nome Mikarif é uma combinação do nome de 2 criadores que desenvolveram essa linhagem, sendo que um desses criadores foi o Michael (Mike) Cole.
Quando o Mikarif foi pela primeira vez mostrado numa exposição da IFGA, ele ficou também conhecido como guppy “Yellow Tang" , nome esse dado pelo criador americano Frank Orteca in 1995.

Os guppies Mikarifs tem um revestimento branco metálico nas laterais do corpo. Quando misturados com pigmento amarelo o padrão de revestimento aparece como amarelo. O branco metálico tem uma aparência muito pura de cor. Frequentemente você verá Mikarifs amarelo metal que são geneticamente ouro(gold). Uma das características do Mikarif são os raios grossos nas nadadeiras. Eles geralmente mantêm suas nadadeiras caudais amplamente abertas. As dorsais geralmente não são muito desenvolvidas, entretanto nos últimos anos tem melhorado bastante, sendo que um americano conseguiu recentemente ganhar o campeonato da IFGA na classe amarela com um Mikarif.


O Mikarif é conhecido por ser uma linhagem de vida longa, e de ter corpos grandes e geralmente é forte e fértil. A experiência que eu tenho com essa linhagem é que é de crescimento lento.

Muitos criadores afirmam que o gene Mikarif está localizado no cromossoma X . Outros criadores afirmam que esse gene é autosomal.
É possível que o gene que dá ao corpo a sua aparência de metálico seja o gene metal do guppy German Stoerzbach.

O criador Harro Hieronimus afirma o seguinte sobre os Mikarif:
Eu consegui bons conhecimentos sobre o Mikarif, que é uma combinação genética do filigranado e o gene autosomal metal do Stoerzbach. Para se ter linhagem pura, ambos pais devem ser homozigotos para o fator Stoerzbach. Esse é o principal problema na criação e você constantemente vai ter de volta os filigranados. Estranhamente esse fator impede o crescimento do tamanho da nadadeira caudal.
Filigranado é uma antiga palavra para designar os snakeskins. Aparentemente o gene snakeskin (cobra na Ásia) deve estar presente para o branco metálico brilhante aparecer. Isso coloca essa linhagem firmemente no mesmo campo da genética de barras do snakeskin.

O criador alemão Gernot Kaden da cidade de Dresden, colocou uma nova teoria sobre o Mikarif, ou seja:
É possivel que o Mikarif seja uma combinação do gene metal recessivo autosomal Stoerzbach (ss) em combinação com o gene de snakeskin no cromossoma y e x ao mesmo tempo.
Isso representa que o Mikarif tem a seguinte combinação genética:
machos ( y-snake , x-snake e autosomal ss),
fêmeas ( x-snake, x-snake e autosomal ss)
Essa pode ser a resposta pela qual em todos os cruzamentos com outras linhagens sempre aparecem snakeskins na F1 e os Mikarif somente aparecem na geração F2.

Aparentemente muitos criadores japoneses não consideram que o guppy Mikarif tenha um gene único para a sua linhagem, mas sim um gene encontrado num grande número de linhagens. O gene Mikarif é o "solido"(ss), gene encontrado em muitas linhagens japonesas. Ele é autosomal. O "solido" gene é de fato um gene metal. O "solido" gene japonês não é o que o nome parece significar, ou seja, um guppy monocromático. Mais do que a palavra "solido", ele significa "brilhante" para os criadores japoneses.

O conhecido criador japonês Masaharu Shindo usou o Mikarif para criar o guppy Full Gold japonês. O guppy German Gold teve origem no Japão e é relacionado com o Full Gold japonês. O guppy Stoerzbach importado do Japão retrocede (volta) para "German Gold."

O autor do livro Aqua-Farm Japan chama o gene do Mikarif de gene "material" (mm). Porém o criador Bruce de Taiwan informou que a palavra original era provavelmente "metálico" na tradução do inglês para o japonês , e outra vez para o chinês, metálico se tornou material. O autor do livro Aqua-Farm diz que esse gene é recessivo autosomal que tem a peculiaridade de mostrar cores metálicas no macho, mas não na fêmea. Ele diz ainda que o platinum pode ser uma mutação do gene metálico, ou vice versa. O autor afirma que a linhagem Full Gold japonesa tem o mesmo gene metálico da linhagem Mikarif.

O Mikarif pode ser usado para criar linhagens amarelas ou para adicionar amarelo a essas linhagens como ao Moscow Ouro.
Claus Osche sugere ainda cruzar o Mikarif com o Verde padrão delta de cauda. Na geração F1 você terá 100% de machos Snakeskins com cauda verde matizada.
Já o criador americano Luke Roebuck afirma que o HB Yellow de corpo ouro, é muito bom para se fazer cruzamentos com o Mikarif.
Quando escolher fêmeas de Mikarif para cruzamento, escolha as de amarelo mais intenso, pois essas produzirão os machos mais amarelos. Já as fêmeas mais pálidas(descoloridas) produzirão machos pálidos.
No momento eu cruzei um macho Mikarif com uma fêmea Gold Red e o resultado foram machos snakeskins, alguns ligeiramente vermelhos nas nadadeiras, como citado anteriormente nesse artigo, portanto para mim, por experiência está comprovado esse fato.


Fonte: Copyright © 2002-3 Philip ShaddockTodos os direitos reservados.www.guppyinfo.com
Autor: Philip Shaddock(Traduzido e comentado por Carlos Beserra)

Green... A linhagem verde


Esse verde parece um half-black

Descrição:

Este deve ser um dos guppies mais desclassificados nos shows IFGA. O guppy verde num tanque de reprodutores sob a iluminação dos shows mais parece um guppy azul ou púrpura.

A causa disso está relacionada às estruturas da cor na pele do guppy. Não há diferença fundamental entre um guppy azul e verde. Ambos têm pigmentação amarela e cor estrutural azul. É tudo uma questão do ângulo, da temperatura e da cor da luz utilizada no show. Como os juízes têm que avaliar com os próprios olhos, e não com seus conhecimentos e conceitos, um guppy verde sob condições de iluminação ruins em shows IFGA não mostra verde suficiente para se qualificar.

Veja a série de artigos sobre cores para uma descrição de como se expressa a cor verde.

Jim Alderson apelidou seus guppies verdes de “Gigantes Verdes” (“green giants”), por causa do tamanho dessa linhagem.

A maioria dos verdes expostos nos circuitos IFGA são descendentes de duas linhas, Parrish e Hutter. Veja as descrições dessas linhas na seção genética abaixo.

Genética:

Por causa do tamanho e das formas clássicas dos verdes, e pelo fato da cor verde (pigmentação amarela e cor estrutural azul) serem recessivos em relação à maioria das outras cores, as fêmeas verdes são usadas para melhorar o tamanho e o formato de outras linhagens. Em particular, isso resulta em cruzamentos compatíveis com os azuis (3 de 5), púrpuras (5 de 5), snakeskins (4 de 5) e HB AOC (3 de 5)*. Os vermelhos não são compatíveis com os verdes.
*notas relativas retiradas da tabela de compatibilidade de Jim Alderson.

Cruzamentos com os púrpuras escurecem os verdes. Assim, os machos verdes mais claros devem cruzar com as fêmeas púrpuras. Use uma lanterna à noite para encontrar as fêmeas verdes oriundas desse cruzamento. As fêmeas verdes têm um verde crescente na base da caudal.

Como no caso da maioria das linhagens half-blacks, a fêmea é a chave. Na maioria das linhagens hb-púrpura, ela carrega o gene half-black. Ela pode afetar a iridescência da cauda do macho, tornando-a mais mais escura.

Assim, o criador deve escolher as fêmeas como o melhor (mais escuro) padrão half-black, e com as caudas mais claras. O melhor é manter duas linhas, uma focada no padrão half-black e outra na cor verde mais brilhante. Cruze as linha para corrigir os problemas conforme eles apareçam.

Um dos verdes mais antigos é o Parrish, assim chamado porque a cor da dorsal da caudal não bate, sendo a dorsal mais clara que a caudal. Essa linha originalmente era caracterizada por seu grande porte e resistência, mesmo em inbreeding.

O criador Hutter desenvolveu uma linhagem em que a cor da caudal bate com a cor da dorsal, que foi aperfeiçoada por Regent. Os verdes Hutter tendem a ser menores e a terem cores mais brilhantes, e serem menos resistentes. Eles passaram por um imbreeding extensivo, unindo as qualidades de ambas as linhas.

Resumindo, verdes “Parrish”, ou dorsais Parrish são os guppies verdes com mancha branca ou diferença na cor da dorsal , enquanto que os verdes “Hutter” são os verdes em que a dorsal e a caudal têm cores idênticas. Mesmo sendo os verdes cruzados com outras linhas, os termos continuaram como anteriormente.

Em cruzamentos com snakeskins, cruze um macho com um bom padrão lace com uma fêmea verde. O padrão snake pode ficar grosseiro na primeira geração, dependendo da genética do snakeskin. O conselho usual é fazer um back-crossing com a linha snake em gerações subsequentes.

Fonte: Copyright © 2002-3 Philip ShaddockTodos os direitos reservados.

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Como Criar o Half Black Yellow

A linhagem Half-Black Yellow originária da Alemanha, onde tem tamanho pequeno em comparação com seus descendentes americanos. Na América essa linhagem foi provavelmente cruzada com os Half Black Pastéis de corpo grande para produzir versões maiores.

Essa linhagem é difícil de criar para conseguir peixes com qualidade standard de show IFGA porque a côr amarela é facilmente sombreada e escurecida pelo pigmento preto misturado.



Os guppies amarelos tem uma abundância de xanthophores, células de pigmentos amarelos.

Half Black Yellows foram importados pelo Japão e lá foram chamados de Tuxedos German Yellows. Através dos anos essa linhagem foi perdendo seus pigmentos amarelos e hoje é comumente branca. Os japoneses ainda chamam suas linhagens half-black white de Tuxedos German Yellow .

Alguns criadores recomendam usar os Half-Black Pasteis para “limpar” o amarelo dessa linhagem. Você precisa encontrar linhagens que tenham o gene Half Black no cromossoma Y e não no cromossoma X. Para evitar o padrão Half Black , use fêmeas cinza dessas linhagens .

Entretanto, esse é um cruzamento de risco se você não conhecer a genética de fundo(background) dessas duas linhagens.. O problema é que os genes de cor do Half Black Pastel são dominantes sobre os do Half Black Yellow.

O criador Claus Osche recomenda cuidado pois o resultado pode ser um amarelo muito escuro. Uma vez perdido, o amarelo light pode ser dificil de recuperar. As cores dessas duas linhagens de guppies são provavelmente codominantes, destruindo a pureza das linhagens originais.

Claus também conta sobre o caso de um cruzamento entre um macho da versão German dessa linahgem e uma femea Cp ( gene de pigmento caudal) . O resultado aparentemente produziu guppies de caudal arrendondado (rountail) .


 

 Aquário de peixes novos do criador Carlos Beserra.

Pelo menos um criador registrou que machos menores de amarelos produzem crias com coloração de amarelo mais puras do que grandes machos.



Outro criador aconselha que o melhor meio de manter o amarelo puro e brilhoso é cruzar irmão com irmã por 3 gerações e então cruzar com uma linha de primos distantes.
Escolha o reprodutor macho primeiro por côr e depois por tamanho. Escolha a fêmea nessa mesma base. Então continue o linebreeding. Algune criadores sugerem que os Half-Black Greens fazem um bom cruzamento e Jim Alderson dá a esse cruzamento uma nota 5 de 5.(máxima possível)


Fonte: http://guppybr.com/gag/artigos/HBYellows.htm

Como Criar o Guppy Half Black Red

Uma das linhagens que eu mais gosto é a Half Black Red (também conhecida como Tuxedo Vermelho ou 3/4 Vermelhos). Também é a linhagem que eu crio há mais tempo.
Vou tentar resumir aqui as principais coisas que voce tem que conhecer para manter essa linhagem eternamente.
- A maior dificuldade é manter a intensidade e a densidade da cor vermelha nas nadadeiras dorsal e caudal e também em se manter o preto profundo(bem escuro) do padrão half black.
Com o tempo, nas gerações futuras há o aparecimento de pontos escuros(pretos) na dorsal, e a cor vermelha vai enfraquecendo sua tonalidade, tendendo a tons de marron. Também o escuro do corpo vai enfraquecendo e vai perdendo a perfeita definição da linha de separação do padrão HB.
Vendo a nivel genetico, se conhecem 6 diferentes genes somente para a cor vermelha, por esse motivo que vemos as variações(tonalidades) dessa cor nas diferentes linhagens de vermelhos existentes. Se a sua linhagem é de um gene vermelho não tão intenso, voce precisaria de cruzar ela com um peixe que tenha um gene de uma cor mais forte e incorporar esse gene à sua linhagem.
A cor vermelha é dita quimica, pois é muito afetada pelo tipo de comida que os seus peixes comem. Por exemplo artemia salina coloca o peixe com um vermelho mais intenso, bem como alimentos que contenham caroteno, como a cenoura. (mas não espere milagres só com essa característica)

- O gene Half Black é quase sempre localizado no cromossoma X. (femeas).
-
- O gene da cor vermelha é localizado no cromossoma Y. (machos).

Por esse motivo não devemos escolher as femeas reprodutoras pela intensidade de cor nas nadadeiras. Geralmente as melhores femeas são as de cor mais fracas (lavanda) e mesmo com um leve padrão mosaico nas suas nadadeiras.
Portanto ao escolher suas reprodutoras, o principal é que elas tenham um half black bem pronunciado(preto) , e também não esquecer de selecionar elas pelo formato do corpo, sem defeitos genéticos, e de preferencia que elas tenham um espesso pendunculo caudal.

Para melhorar a cor é preciso que você tenha um macho da linhagem Vermelho(padrão Ouro) para cruzar com uma femea da linhagem HB Red (padrão Cinza) . A geração F1 será toda Half Black de boa qualidade. (não cruze entre eles, pois são peixes hibridos, fenoticamente são perfeitos, mas geneticamente não são).
Então escolha o melhor macho HB Red dessa geração F1 e cruze ele com suas fêmeas Half Blacks da sua linhagem original (escolha as mais escuras existentes).

Esse é um dos métodos, outro seria cruzar com albinos vermelhos, mas o procedimento seria totalmente diferente desse descrito acima. (inicialmente seria um cruzamento entre um macho Half Black Red com uma fêmea de Albino
Red)
Esses são os , digamos macetes, que devemos usar para manter uma boa padronização, Pena que muitos criadores guardem isso como "segredos" e com isso nada acrescentem ao desenvolvimento da nossa piscicultura/hobby.
Carlos Beserra

Uso de Hormônios em Guppies

O Uso de Hormônios - Parte 1

Esse é o primeiro relato de experiências com hormônio que vou passar para vocês, onde está descrito a experiência do conceituado criador Alex Damazio, acrescido de comentários meus.

A utilização prática de hormônios mais utilizada no passado era para determinar as cores que as fêmeas carregavam nos seus genes. Isso era muito importante, pois para se fixar ou manter uma linhagem de guppies, os criadores, para não perderem tempo com experiências, ou para verem se não tinham sido enganados numa compra, onde a fêmea era fornecida de outra linhagem.
Outra utilização era de alguns criadores que não desejavam ter suas linhagens criadas por outros, e vendiam as fêmeas estéreis.
O hormônio mais usado nesse caso é o metiltestosterona, que pode ser obtido em farmácias de manipulação.

Preparação:
0,1 g de metiltestosterona em 100 cc de uma solução de 70% de álcool etílico.
A essa solução adicione 900 cc de água destilada.

Coloque a fêmea a ser testada em um pequeno aquário e, a cada 4 litros de água, coloque 2 gotas da solução de hormônio.
A cada dia coloque mais 2 gotas até que as fêmeas apresentem a sua cor.
Assim que ver as cores , mude a fêmea para um aquário com água nova.
Após aproximadamente 1 mês a cor desaparece e a fêmea pode ser cruzada.
Conhecemos casos de pessoas que não tomaram cuidados e tiveram problemas inesperados, pela absorção do hormônio através da pele das mãos e dos braços.
Ao adquirir fêmeas que apresentem colorido muito acentuado em sua nadadeira caudal, desconfie. Provavelmente ela foi testada com hormônios e, se os efeitos da coloração estão fixados, a fêmea poderá estar estéril.

Geralmente as fêmeas de guppy não têm cor nas barbatanas caudais, mas existem linhagens em que as fêmeas foram selecionadas por muitas gerações para ter côr nas nadadeiras caudais. Eu tenho uma linhagem , em que as fêmeas têm bastante vermelho em suas caudais. Cabe a nós analisarmos esses casos.

Observe bem se a nadadeira anal está muito afunilada, pois essas fêmeas não servirão para procriação, pois possivelmente já estão estéreis definitivamente.

Assim se testavam fêmeas há 30 anos atrás, e nos próximos artigos serão mostrados mais detalhes dos efeitos desses hormônios, sua reversão e também os cuidados que se deve ter na sua manipulação.
Carlos Beserra


O Uso de Hormônios - Parte 2

Dando prosseguimento ao nosso assunto sobre hormônios, a seguir vamos ver a experiência de quem foi considerado o pai dos guppies, o criador americano Paul Hannel, que também foi um grande pesquisador nessa área.

Sabemos que as características masculinas e femininas são determinadas por secreções glandulares, que são conhecidos por hormonas.
Sabemos também que, se castrarmos animais jovens(por exemplo pintos) de ambos os sexos, esses ao crescerem serão muito parecidos fisicamente.
No caso do guppy, por experiências realizadas, podemos afirmar que se aplicarmos hormônios masculinos a uma fêmea, as características que a fêmea passa a exibir são as características que já existiam em seus genes, mas que entretanto não se mostravam, pois estavam reprimidas pelas hormonas femininas.
Na fêmea submetida ao tratamento com hormônio masculino aparecerão características masculinas, mostrando que esse aparecimento veio do próprio gene feminino , mostrando que, por exemplo, as cores que a fêmea passa a apresentar nas nadadeiras caudal e dorsal se encontram no cromossoma X, e não somente no cromossoma Y (masculino) como se pensava anteriormente.
Com base em experiências realizadas por diversos pesquisadores criadores pelo mundo, concluiu-se o seguinte:
Não se deve aplicar hormônio masculino a fêmeas que ainda não atingiram totalmente seu crescimento, pois esses hormônios inibem seu crescimento.
A aplicação de hormônio feminino a machos fazem com que esses machos cresçam mais.
A aplicação de hormônio feminino em um aquário com guppies adultos e alevinos tornou mais lento o crescimento das fêmeas e diminuiu seus tamanhos finais. Já nos machos jovens, o tamanho deles aumentou na época da sua maturidade sexual. Nos machos em idade mais avançada (após 6 meses de idade), houve uma diminuição da cor e um aumento nos seus tamanhos.

Hormônio = Secreção glandular lançada no sangue, e que atua sobre funções orgânicas como excitante ou regularizador.

Eu acho que, com base nessas experiências, se algum dia precisarmos se utilizar dessas técnicas, o trabalho será bem facilitado, pois poderemos queimar etapas em nossos experimentos, e muito mais rápido alcançarmos nossos objetivos.
Carlos Beserra.


O Uso de Hormônios - Parte 3

Dando prosseguimento ao nosso assunto, primeiro vou responder à pergunta do que pode ocorrer a nós pelo uso incorreto de hormônios.
Quem poderia responder isso melhor seria alguém da área médica, mas o que sei é que:
Se mulheres tiverem contato com hormônios masculinos, pode ocorrer o crescimento de cabelos nas mãos, braços, pernas, bigode, etc...
Se homens tiverem contato com hormônio feminino, pode haver a perda de cabelos nessas regiões. Também pode haver o crescimento de seios nos homens. Muita coisa a mais pode ocorrer, ou seja, com os homens adquirindo caracteres femininos e as mulheres adquirindo caracteres masculinos.

Portanto todo cuidado é pouco. Quando fizer um teste com hormônios nunca deixe ele ficar em contato com a pele.
Nunca coloque a mão dentro de um aquário sem luvas adequadas.
Tudo que usar num aquário, nunca use em outro, antes de fazer uma boa limpeza.
Não faça esse teste em casas com crianças, pois as mesmas na sua ausência podem mexer nessa água.
Pessoal, é tanta coisa para lembrar que pode ser que alguém já tenha esses procedimentos detalhados. Quem sabe nossos amigos Vladimir ou Manuel Vazquez já tenham isso pronto, ou possam acrescentar algo.

Vamos ver agora algumas experiências que foram realizadas por antigos companheiros:
Na década de 70 tivemos diversos aquaristas que pesquisaram a hormonização em guppies.
Um deles foi o médico Vicente Capuano que testou com sucesso a aplicação de comprimidos de anabolizantes, como o Becorel.
Eu, Carlos Beserra, também fiz, mas utilizei o método descrito no artigo anterior e utilizado também pelo Alex Damazio, e posso atestar sua eficiência.
Outro médico de nome Henrique Fonseca utilizava um comprimido de Dianabol em um aquário de 50X30X30. Nesse seu aquário, os alevinos logo depois de perder o saco vitelino (segundo dia de vida), já passavam a apresentar suas cores.

Outro que pesquisou anabolizantes foi o dr. Carlos Baldarelli, que utilizava o remédio Wintrol, ou o Durabolin Oral.
A dosagem era 1/8 de um comprimido de Wintrol (hormônio masculino) de 120 mg dissolvido em um pote de 50g de patê de Gordon. Eram utilizados no teste somente fêmeas com idade em torno de 5 meses.
Depois de totalmente anabolizadas (aparecendo as cores), as fêmeas eram tratadas com outro patê de Gordon, onde era colocado em cada vidro de 50g 20 gotas de Degraafita, que é um hormônio folicular cristalizado e também um comprimido de Orageston,(hormônio feminino) constituído de 5 mg de Allil-Estrenol, mais excipiente para atingir 250 mg.
A aplicação dos hormônios femininos não prejudica a coloração aparecida nas fêmeas anabolizadas, nem provoca nenhum distúrbio nos machos, portanto pode ser dado esse patê a machos e fêmeas.
As femêas anabolizadas por esse processo mostram todas as suas cores e permanecem com a capacidade de se reproduzirem.

Esse processo de fornecer hormônios femininos a fêmeas já anabolizadas para com isso torná-las férteis outra vez já foram também utilizadas com sucesso por mim . Ano passado levei 3 meses para conseguir reverter uma fêmea de guppie Moscow , e conseguir tirar crias dela.
Esse histórico desse inicio de experiências aqui entre nós é importante como conhecimento, mas acredito que hoje tenhamos produtos melhores para chegarmos ao mesmo resultado. Acho mesmo que grande parte desses medicamentos citados aqui não existam mais, conforme pesquisa que fiz em farmácias há tempo atrás.
Como vocês puderam ver aí, acabaram de tomar conhecimento com a pré-história da utilização de hormônios em peixes, hehehe
Leandro, agora que te passei o nome das drogas, vê aí com seu pai se existem ou se têm similares.
Um abraço
Carlos Beserra.


O Uso de Hormônios - Parte 4

Embora algumas coisas possam estar sendo repetitivas, abaixo vai um artigo sobre hormonização de guppies, sendo que esse artigo eu nem lembro a fonte, pois estava escrito num caderno velho que eu tenho.
Quando queremos cruzar um casal de guppies e já ter uma idéia do resultado desse cruzamento, deveríamos conhecer o potencial dos reprodutores.
Com relação ao macho podemos só olhar para ele e ver as cores que ele carrega em seu material gênico, entretanto em relação às fêmeas, muitas delas não apresentam cor no corpo ou nas suas nadadeiras.
O que os criadores fazem normalmente é criar os peixes que foram resultado desse cruzamento e ver sua aparência quando crescerem.
O grande problema é o tempo até você ver esses resultados, além do número de aquários para essas experiências.
O que alguns criadores faziam era aplicar uma certa quantidade de hormônio masculino em um aquário só com as fêmeas que se queria conhecer seu potencial de cores.
Com o conhecimento das suas cores, era bem mais fácil orientar os cruzamentos, pois as cores que as fêmeas passaram a mostrar é a cor que elas passariam a seus alevinos.
Uma coisa tão fácil essa descrita acima, porque poucos ou ninguém a utiliza?
Dependendo das doses aplicadas as fêmeas se transformam, elas perdem a capacidade de reproduzir e sua aparência se aproxima da aparência de machos, inclusive com a transformação de sua barbatana para um gonopódio parcialmente desenvolvido. Essa fêmea a partir desse momento, não funcionará mais como fêmea, nem como macho.
Como já disse em email anterior, nessa época, com as dosagens e drogas existentes e utilizadas não se conseguia a transformação completa de uma fêmea em um macho apto a reproduzir. Estou interessado em relatos de experiências desse tipo.
Carlos Beserra.


O Uso de Hormônios - Parte 5

Num ultimo artigo sobre hormônios, senão o pessoal daqui vai me expulsar da lista, abaixo vai uma tradução de um texto de muito boa qualidade da Pet Library , acrescido de comentários.

Não conseguimos ver na maioria das fêmeas de guppy as cores e as características que elas carregam em seus cromossomas.
Com a aplicação de hormônio, as características que estavam reprimidas sexualmente pelo gene, se tornam aparentes.
Se o hormônio for aplicado de maneira correta e apenas para conhecimento das fêmeas, seu efeito é temporário.
Se o objetivo for outro, como aumentar o tamanho dos machos ou fazer com que as fêmeas se tornem coloridas permanentemente, a dosagem de hormônio deverá ser aumentada.
Entretanto hormônios são substancias perigosas de se manusear, portanto tome muito cuidado com isso.
Nunca coloque suas mãos na água do aquário que contenha hormônio.
Sempre use luvas de borracha ou silicone para manuseá-lo.
Quando for sifonar a água desse aquário , nunca use a boca para isso.
Todos os equipamentos utilizados nesse aquário, como filtros, redes, alimentadores, pedra porosa, etc.. devem ser isolados dos demais e limpos separadamente.
Se tiver crianças em casa, nem pense então em usar hormônios.

O hormônio pode ser aplicado na comida seca se esse hormônio for em pó.
O hormônio também pode ser aplicado diretamente na água do aquário.
Para se ver temporariamente as cores das fêmeas, usando hormônio masculino (Methyl Testosterone), (Oregon M) usa-se uma dosagem entre 0,005 e 0,01 mg/gal, repetida todos os dias, pelo menos até 5 semanas ou até que tenha resultado em todas as fêmeas, sendo que isso pode demorar até 3 meses.

Para quem interessar fazer a conversão: 1 gal (galão) = 3,78 l (litros)

Depois espere de 2 a 4 semanas após o término do tratamento com hormônio, sendo que com o tempo o efeito desse hormônio nas fêmeas vai desaparecer.

O hormônio aplicado nas dosagens certas não causam danos aos orgãos reprodutores.

Se você continuar dando continuamente hormônio masculino para suas fêmeas em comida seca ou em dosagens diretamente na água, de 0,2 mg/gal todo dia ou 0,8 mg/gal a cada 7 a 10dias, os efeitos vão aparecendo:


7 a 9 dias - A barbatana anal diminui de tamanho e toma o formato de um gonopódio.
10 a 13 dias – As cores começam a aparecer.
24 a 32 dias – As cores aparecem totalmente e as nadadeiras dorsal e anal tornam-se maiores.
Depois de 32 dias – O peixe torna-se agitado e pode até mesmo morrer.

Entretanto podem ocorrer variações nesses períodos de dias acima, dependendo da linhagem testada.

Quando interrompemos a aplicação, a fêmea leva um grande tempo para voltar ao seu formato original(3 meses ou mais).

Com relação aos machos, a aplicação de hormônio feminino (Estrone, Estriol, Estradiol), pode ser feita, mas seus efeitos são bem menores que o apresentado pelas fêmeas quando tratadas com hormônio feminino.

Se você aplicar hormônio feminino a machos com idade aproximada de 1 mês, certas características de fêmeas, como um maior tamanho podem ser obtidas.
Quando você pára a aplicação do hormônio, os machos desenvolvem suas características sexuais masculinas, como seus gonopódios, entretanto mantêm seus tamanhos maiores.

Dosagem de Hormônio Feminino:

Progynon (Shering Co)

0,1 mg/gal todo dia
ou
0,4 mg/gal a cada 7 a 10 dias
Comece a aplicação quando os machos tiverem idade aproximada
de 1 mês.
Tempo:
Até 20 dias de tratamento = efeito suave (brando)
40 a 80 dias = alguns machos desenvolvem ovários.
Até 100 dias = mais de 90% dos machos mudam de sexo.
150 a 190 dias = as glândulas sexuais podem atrofiar para 15% do seu tamanho original.

O uso de hormônio feminino em machos adultos só serve para diminuir suas cores, com possível esterilização. Esse tratamento não é recomendado.

Também não são recomendados a aplicação de hormônio masculino em machos e hormônio feminino em fêmeas, pois eles não produzem quaisquer efeitos de valor e podem causar efeitos indesejáveis como a esterilidade.
A única razão de se utilizar essas práticas descritas acima seria para acelerar o tratamento de possíveis reversões dos processos descritos anteriormente.

Como pudemos ver, pela experiência que tínhamos nessa época, poucos benefícios podíamos tirar do uso de hormônios, a não ser testar fêmeas e aumentar tamanho de machos, o que eu acho que não compensa, pois o correto é aumentarmos os tamanhos somente pela seleção de reprodutores.
Não adianta ter peixes muito grandes se os mesmos não vão suportar seu próprio peso. Sou a favor de peixes que por seleção genética, embora fiquem diferentes dos originais, mantenham a força, o vigor e o equilíbrio ao nadar ou ao dançar para as fêmeas.
Como todas essas experiências foram realizadas há muito tempo, seria interessante quem tiver conhecimento de testes mais recentes, que nos passe essa experiência, para nos atualizarmos, embora atualmente eu nunca mais tenha visto publicações novas sobre esse assunto.

Carlos Beserra.